Compositor: Jean-Jacques Goldman
Rasgar a casca até sangrar
Pregar as portas, se aprisionar
Viver dos sonhos, ter muito cuidado
Orar às sombras e muito caminhar
Embora eu me diga que leva tempo
Embora eu escreva preto no branco
O que quer que eu faça, ou seja
Nada vai te apagar, eu penso em você
E o que eu aprendo, eu não sei
Porque eu sangro e não você
Passam os dias, espaços vazios
Na razão e sem amor
Passa minha sorte, transformando ventos
Resta a ausência, insistentemente
Eu digo a mim mesmo que é assim mesmo
Sem envelhecer, não se esquece
O que quer que eu faça, ou seja
Nada vai te apagar, eu penso em você
E o que eu aprendo, eu não sei
Porque eu sangro e não você
Não há ódio, não há rei
Nem deus, nem correntes, nós lutamos
Mas o que é preciso, que o poder
Que armas acabam com a indiferença
Oh, não é justo, está mal escrito
Como um insulto, mais que um desprezo
O que quer que eu faça, ou seja
Nada vai te apagar, eu penso em você
E o que eu aprendo, eu não sei
Porque eu sangro e não você